Adesão à greve cresce em Minas na reta final

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Na tarde desta segunda-feira (5/12), servidores do Poder Judiciário Federal em Minas Gerais fizeram mais um ato público pela aprovação do Plano de Cargos e Salários da categoria (PCS), que tramita no Congresso. A manifestação, em frente ao Tribunal Regional Eleitoral, reuniu centenas de servidores.

Servidores em frente ao prédio do TRE em mais um dia de luta pelo PCS. Fotos: Erinei Lima.

 

O coordenador executivo do SITRAEMG Paulo Márcio Santos informou as datas e horários dos atos desta semana na Capital e repassou o quadro de greve, dando conta de que o movimento cresce em todo o Estado nesta reta final. Ele também leu a nota do Sindjus/DF em resposta à reportagem do jornal Correio Braziliense, publicada na última sexta-feira (2/12), na qual o ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz temer os pedidos de reajustes dos servidores públicos.  

“Não vamos aceitar que o discurso baseado no terrorismo da suposta crise mundial impeça a aprovação do nosso reajuste. Temos consciência de que o governo tem manipulado o Congresso e a mídia para conseguir seu objetivo: derrotar o Poder Judiciário”, afirma a nota (leia mais).

Lúcia Bernardes, coordenadora-geral do Sindicato, responsabilizou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, pela não aprovação do reajuste salarial da categoria. De acordo com ela, o ministro até o momento não buscou negociar com o governo a reivindicação dos servidores. “Vamos mandar mensagens para os ministros do STF, vamos encher a caixa [de emails] deles”, frisou.

Em seguida, ela convocou os colegas a comparecem aos atos públicos, com o objetivo de ampliar a visilibidade do movimento grevista e garantir a aprovação do PCS. “Os servidores têm de estar no ato, têm de participar. Nossa luta não é fácil, mas estamos preparados para a vitória”, destacou.

Para o servidor do TRT/MG Célio Izidoro, a única forma de conquistar o PCS é com a paralisação do Judiciário em todo o País. “Este governo e este parlamento são movidos a pressão. Sabemos que com pressão eles podem arranjar dotação orçamentária para cumprir o nosso PCS. Temos de pressionar os três poderes. Não há outro caminho, só a luta”, ressaltou.

O conselheiro fiscal do Sindicato Luiz Fernando Rodrigues voltou a afirmar que o Governo federal tem condições de atender a reivindicação dos servidores. “O Governo alega que nosso aumento vai causar um impacto de R$ 7,5 bilhões. Só a Justiça do Trabalho em todo o País arrecadou R$ 3,2 bilhões para os cofres da União no ano passado”, argumentou. “Esse governo não tem política para os trabalhadores”, criticou Luiz, depois de reafirmar que os servidores do Judiciário estão há cinco anos sem recomposição salarial.  

“Nossa luta pelo PCS ainda não terminou. Não é agora, faltando cerca de 10 dias, que vamos desanimar. Todos devemos continuar a pressionar os parlamentares e os ministros do STF”, convocou Hebe-Del Kader, coordenador-geral do Sindicato.

O ato público desta terça-feira (6/12) em Belo Horizonte será às 13 horas, em frente à Justiça Federal (Avenida Álvares Cabral, 1.741).

Participe e fortaleça a luta pela aprovação do PCS!

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