O coordenador do Sitraemg David Landau compareceu à assembleia geral dos trabalhadores da educação municipal de Belo Horizonte, realizada na tarde de quinta-feira, 15 de fevereiro.
Landau foi manifestar o apoio do Sitraemg à greve da categoria, iniciada na mesma data. Ao final, os participantes deliberaram pela continuidade do movimento.
Professores e demais trabalhadores das secretarias, biblioteca e de outros setores das escolas municipais da capital mineira têm um embate difícil pela frente com a administração do prefeito Fuad Noman (PSD).
A categoria luta por um reajuste de 44,25%, correspondentes à inflação acumulada nas gestões dos dois últimos prefeitos, Alexandre Kalil e Noman. Reivindicam, ainda, mais 3,62% relativos ao Piso Nacional da Educação, estabelecido pela lei 11.738/2008 para as três esferas da federação.
Apelo ao chefe do Executivo
Em conversa com o coordenador do Sitraemg, Pedro Valadares, diretor do sindicato da categoria, Sindrede, informou que a prefeitura acena com uma proposta bem aquém dos anseios da categoria.
O Executivo oferece um reajuste de apenas 8,04%. Mesmo assim, divididos em três parcelas, com a última, de 2%, prevista para janeiro de 2025.
Pedro Valadares defendeu a valorização da categoria. “Nós, que somos da educação, que temos uma verba própria, um índice nacional próprio, reivindicamos que a prefeitura valorize a educação”, afirmou.
O diretor de Sindrede fez um apelo ao prefeito. “Só ele tem a condição de colocar fim nesse movimento de greve, atendendo nossa pauta de reivindicação. Negocie com a educação”, pediu.
O calendário de mobilização da categoria prevê uma vigília na porta da prefeitura, na segunda-feira (19), às 9 horas da manhã, e nova assembleia geral, na terça-feira (20), para avaliação do movimento.
Greve é pela valorização dos trabalhadores e pelo cumprimento da lei do PNE, salienta David Landau
“Lamentamos os transtornos, mas a responsabilidade não é dos trabalhadores que, reiteradamente, tem que se utilizar da sua ferramenta mais forte para garantir direitos, que é a greve”, ressalta o coordenador do Sitraemg David Landau.
Fazendo coro às palavras do dirigente do Sindrede, ele reforça a defesa da valorização dos profissionais da educação e da necessidade de se cumprir o instituto do piso nacional do setor.
“Os trabalhadores da educação são muito pouco valorizados, e tem que fazer valer a conquista que foi aprovar o piso básico nacional”, opina o coordenador do Sitraemg, acrescentando que, “como servidores que muitas vezes também fizemos greve para garantir o que é justo, damos todo o apoio aos trabalhadores em greve e ao Sind-Rede”.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg