Dados da Faculdade de Medicina da USP mostram que, quando diagnosticado e tratado na fase inicial, as chances de cura do câncer de mama chegam a 95%.
Por isso, um dos principais pontos da Roda de Conversa – Outubro Rosa, que será promovida dia 24 de outubro, terça-feira, 19h, pelo Sitraemg, será a importância da detecção precoce da doença.
Os casos de câncer de mama são relativamente raros antes dos 35 anos e a mamografia é o rastreamento normalmente recomendado para mulheres acima de 40 anos para o diagnóstico precoce. O exame ajuda na descoberta da doença mais cedo, antes mesmo dos tumores se tornarem palpáveis ou visíveis.
A detecção precoce do câncer de mama pode ser feita, também, através da palpação da mama pelo ginecologista.
O autoexame, alertam profissionais da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FENAMA) não substitui os exames de detecção precoce. “Mas é importante para que as mulheres conheçam bem o seu corpo e identifiquem qualquer alteração suspeita nas mamas e procurem um profissional de saúde”.
Atenção redobrada como aliada
A servidora aposentada do TRT, em Juiz de Fora, Maria Gorete de Paula Amaro, venceu a batalha contra o câncer de mama em 2015. A doença foi descoberta quando ela investigava outras questões de saúde, através de ressonância magnética, em fase inicial, o que favoreceu os resultados do tratamento.
“Como eu tenho muitos casos de câncer de mama na família, de seis em seis meses, eu já fazia mamografia. Esse hábito, de fazer exame rotineiramente, não impediu que eu fosse surpreendida pela doença, mas, com certeza, ajudou muito no tratamento, pois a descoberta ocorreu no começo”, conta.
Hoje Maria Gorete é defensora da mamografia e das descobertas mais modernas da oncogenética. “Através do nosso plano de saúde, é possível investigar a nossa carga genética e predisposição para doenças. Isto ajuda a prevenir outros tipos de neoplasia e expande os cuidados para os demais familiares que poderão seguir um protocolo de cuidados diferenciado”, ressalta.
A servidora também ressalta o papel do SUS no tratamento oncológico. “Grande parte de mulheres que descobrem o câncer de mama não têm acesso a planos privados de saúde e são bem tratadas pelo sistema único de saúde”, destaca.
Mais histórias de família
A coordenadora do Sitraemg Alessandra Matias aprendeu com a mãe e com a tia a importância do diagnóstico da doença. “Minha mãe teve câncer de mama, minha tia também. Ambas descobriram a doença na mesma época, através de exames de rotina. Graças a Deus e ao hábito de se cuidar, elas se trataram e estão bem. Nós, das gerações seguintes, criamos o hábito de, desde cedo, fazer a mamografia”, conta.
Para a coordenadora, “o diagnóstico precoce, aliado à uma vida saudável, com uma boa alimentação e prática de exercícios físicos são determinantes para se combater e vencer a doença”.
Roda de conversa
A Roda de Conversa Outubro Rosa será presencial – na sede do Sitraemg – em BH, e também on-line. Para participar, é preciso se inscrever pelo e-mail andrea@sitraemg.org.br, até o dia 23 de outubro, segunda-feira, 14 horas.
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