Na terça-feira, 26 de setembro, um grupo de moradores atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana fizeram um protesto em frente ao TRF6, em Belo Horizonte.
A manifestação foi organizada pelo Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) e contou com o apoio de entidades de servidores públicos estaduais.
O ato fez parte de uma série de atividades realizadas pelos atingidos por barragens na luta por reparação. Segundo o site do MAB, nas ações de terça-feira (26) também foi lançada a campanha “Revida Mariana”.
O site informa que o propósito da campanha “é convocar a sociedade a pressionar a justiça brasileira e estrangeira a garantir reparação efetiva e integral aos atingidos e punição aos criminosos”.
O ato em frente ao TRF6 foi precedido de manifestações na Assembleia Legislativa, Ministério Público e Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Ao todo, segundo o MAB, a mobilização reuniu 1.500 atingidos de Minas Gerais e do Espírito Santo.
MAB denuncia privatizações…
O MAB denunciou que a privatização foi uma das responsáveis pela tragédia de Mariana, quando a barragem do Fundão rompeu e despejou 56 milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos no rio Doce.
Segundo o MAB, “a privatização de uma das maiores estatais brasileiras ceifou a vida de pelo menos 300 pessoas e deixou um rastro de destruição ambiental e devastação social, cujos efeitos ainda serão sentidos por longos anos”.
…sindicatos reforçam denúncias de privatizações em MG
O Sindcefetmg, que representa os docentes do CEFET-MG, participou das atividades na ALMG e denunciou a privatização de empresas mineiras. “Para atender à classe empresarial que o elegeu e sustentou sua campanha, Zema quer, por qualquer meio e forma, vender as empresas estatais Cemig, Copasa, Gasmig e Codemig, entregando a preços irrisórios o patrimônio do povo mineiro”, afirma a entidade em seu site.
Docentes e estudantes da UEMG também protestam em BH
Docentes de 15 unidades diferentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) paralisaram as atividades na terça-feira (26) e fizeram uma manifestação em frente à ALMG. Estudantes e membros de movimentos populares também participaram do protesto que denunciou o descaso do governo de Romeu Zema (Novo) com a categoria e com a universidade.
Mais de 150 manifestantes ocuparam a entrada da ALMG para reivindicar o cumprimento do acordo de greve, firmado em 2016, a recomposição salarial dos professores, além da ampliação e fortalecimento da assistência estudantil.
Em nota, a Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (Aduemg), que organizou a manifestação, explicou que o governo estadual se recusa a cumprir o acordo e opera uma ofensiva de precarização da UEMG.
Revida Mariana
Uma das iniciativas por reparação e justiça é o lançamento da campanha de comunicação “Revida Mariana”. “A medida convoca à população brasileira a se somar na luta em busca por justiça para o crime cometido pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton na Bacia do Rio Doce”, informa o site do MAB.
De acordo com o site, o rompimento da barragem de Fundão despejou 56 milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos no rio Doce. O crime, como é classificada a tragédia pelos atingidos, está prestes a completar 8 anos. “Nessa quase uma década do crime, que segue impune, pouco ou quase nada foi feito pelos atingidos”, informa o site.
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Assessoria de Comunicação
Sitraemg