Na quarta-feira (13), a imprensa comercial noticiou que o governo federal deverá conceder 5% de reajuste salarial linear ao conjunto do funcionalismo público federal. Segundo o que foi noticiado, o reajuste constará nos contracheques de julho.
Oficialmente, os sindicatos e as entidades representativas dos servidores não foram informados da decisão do Planalto, o que tem sido considerado um ato de desrespeito.
Os servidores públicos federais reivindicam 19,99% de recomposição salarial. Em campanha desde janeiro, eles têm buscado abrir um canal de diálogo com o governo federal. Porém, sem sucesso até aqui.
O percentual reivindicado corresponde à inflação acumulada entre janeiro de 2019 e dezembro de 2021, período do governo Bolsonaro. Os servidores reclamam, contudo, que as perdas acumuladas são muito superiores e que a inflação mensal tem corroído fortemente o poder de compra.
No caso dos servidores do Poder Judiciário, por exemplo, o último reajuste da categoria foi concedido em 2016. A inflação acumulada entre 2016 e 2021 foi de 48,27%. Leia mais.
No caso dos servidores do Banco Central, em greve desde o dia 1º de abril, as perdas acumuladas estão em 26,6%.
5% não contempla reivindicações
Em 18 janeiro, as entidades sindicais ligadas ao FONASEFE protocolaram uma pauta de reinvindicações junto ao Ministério da Economia. Além da recomposição salarial de 19,99%, as entidades reivindicavam o fim do teto de gastos e o arquivamento da PEC 32/2020, que trata da reforma administrativa.
O governo Bolsonaro, desde então, se nega a abrir negociações com as entidades representativas do funcionalismo público. O que tem levado as categorias a aumentarem a mobilização, realizando dias de paralisações e greves.
Agora, os sindicatos e as entidades de servidores terão conversas e reuniões internas para apontar os próximos passos da luta em busca da recomposição salarial.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg