A suspensão do trabalho presencial e das audiências presenciais nas varas trabalhistas de Belo Horizonte até o final do mês de janeiro contou com o apoio da administração do TRT em reunião realizada nessa quinta-feira (14). A proposta foi apresentada ao Grupo de Trabalho para Planejamento do Retorno às Atividades Presenciais do Tribunal pela gestora do Comitê de Saúde do Tribunal, desembargadora Denise Alves Horta.
A corregedora, desembargadora Ana Maria Amorim Rebouças, que coordenava a reunião, e o presidente da Casa, desembargador José Murilo de Morais, manifestaram concordância com a proposta, que também foi defendida pelos representantes do Sitraemg ali presentes, o coordenador executivo David Landau e o psicólogo Arthur Lobato, que participa do Comitê de Saúde como representante do sindicato, e pelo presidente da Amatra3, juiz Renato de Paula Amado. Em relação a isso, não houve divergências na reunião.
Por outro lado, a ideia da administração é não estender a medida para todo o segundo grau e as sedes do interior. A posição defendida pelo presidente e pela corregedora do Tribunal é de que as localidades do interior continuem sendo regidas pelo monitoramento do Plano Minas Consciente, ligado ao governo do estado, e que no segundo grau o trabalho presencial fique a critério dos gestores.
Com base no que foi debatido na reunião, os representantes do Tribunal irão definir novos critérios até a próxima terça-feira (19).
David Landau disse que o alastramento da chamada zona vermelha, classificação atribuída a áreas em situação crítica da incidência do novo coronavírus, mostra que cada região do estado não pode ser tratada de forma isolada, como se fosse um país, pois advogados e partes se deslocam para participar de audiências. Ele também atentou para o perigo de locais compartilhados, nos prédios administrativos e de segundo grau. Representando a posição da diretoria do Sindicato, defendeu o retorno ao teletrabalho extensivo a todos os prédios e, também, ao interior.