Nesta 8ª edição do Congrejufe – Congresso da Fenajufe, a federação comemorou seus 20 anos. Logo após a mesa de abertura (veja matéria aqui), o coordenador de comunicação da entidade, Jean Loiola, convidou os presentes a assistirem um documentário sobre a história da federação, desde a fundação até hoje. Loiola disse que, em seus cerca de 40 minutos de duração, o vídeo não teria como abranger toda a pluralidade existente na entidade, mas pretende, ainda que superficialmente, representar esses 20 anos de lutas.
Na tela, os primeiros servidores a dirigirem a federação se revezaram em depoimentos, lembrando a fundação e o primeiro congresso, em 1992, em Brasília; a histórica greve de 1996, quando a categoria teve seu primeiro PCS, com o início da construção de uma carreira; e a estabilização das diretorias e o ganho da confiança dos servidores em suas lideranças sindicais.
“Relíquias”
Ao fim do documentário, foram convidados à mesa antigos dirigentes da Fenajufe, carinhosamente chamados por Demerson Dias de “relíquias”. Juntaram-se a ele Neemias Freire, Agnaldo Moraes, João Carmelino, Carlos Matos, Ribamar França, Lígia de Siqueira e Dagoberto Pereira, companheiro de lutas do Uruguai.
Os antigos dirigentes relembraram momentos da história da Fenajufe e ressaltaram que a luta sindical é algo que nunca tem fim. Enquanto Lígia de Siqueira e Carlos Matos pediram maior presença de mulheres e aposentados na direção, Ribamar França, ao falar sobre o objetivo em comum dos trabalhadores, fez questão de reforçar: “aquele que mexe com nossos direitos é que é o nosso inimigo”.
Na pessoa do coordenador geral José de Oliveira, a Fenajufe ainda ganhou dois presentes pelo seu “aniversário”: um quadro, dado por um representante dos trabalhadores do Judiciário do Cone Sul, e uma placa comemorativa, oferecida pelo coordenador geral do SITRAEMG (e também dirigentes da federação) Hebe-Del Kader Bicalho.
Fenajufe é tema de dissertação de mestrado
O servidor Carlos Matos não foi membro das primeiras diretorias da Fenajufe, mas foi chamado à mesa por um motivo muito especial. Em sua dissertação de mestrado, defendida na Unicamp, Matos abordou a federação e sua história. Com o título “A Fenajufe e seus sindicatos: a CUT no Poder Judiciário e no Ministério Público da União”, o trabalho acadêmico falava da luta pela unificação dos sindicatos e das federações.
De acordo com Matos, seu objetivo foi analisar o mundo dos tribunais e do Direito, fazendo um registro histórico dos acontecimentos que levaram à fundação dos sindicatos e da federação. Aos interessados, o trabalho encontra-se disponível na biblioteca virtual da Unicamp, em www.unicamp.br – o nome a se procurar é Carlos Alberto de Matos.
Janaina Rochido, de Caeté (MG)