8 de Março – Dia Internacional da Mulher Trabalhadora e também de fortalecer sua luta

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O 8 de março nasceu em 1910 por decisão da Conferência de Mulheres Socialistas da Dinamarca, em referência às lutas das mulheres trabalhadoras. Ganhou força a partir de 1917, quando as comemorações da data coincidiram com o estopim da primeira revolução socialista mundial.

Igualdade e respeito

Estudos mostram que a mulher, hoje, possui muito mais direitos do que há um século, contudo, ainda há muito que se conquistar. Diferença salarial entre gêneros, desigualdade na participação política, tripla jornada e a concentração da mulher em serviços precarizados, como o doméstico, e em serviços públicos, onde os salários são rebaixados, como na educação e saúde, são grandes realidades no universo feminino. Não bastasse isso, nos últimos tempos, as mulheres estão vivendo uma realidade ainda mais precarizada, haja vista a grande crise econômica que assola o país, que vem atingindo, em cheio, a classe trabalhadora, sobretudo às mulheres.

Segundo dados do IBGE, apenas entre janeiro e setembro do ano passado, o desemprego entre as mulheres subiu 45%, e entre os argumentos que as empresas utilizam para demitir as mulheres estão desde os custos com a maternidade até o fato de, por terem salários menores, as recisões de contratos serem mais baratas. Os dados mostram o que já é de conhecimento: o desemprego e os baixos salários atingem mais as mulheres, principalmente as negras. O jornal Opinião Socialista aponta que, apesar dos discursos do governo, a presidente não aplicou nenhuma política concreta para evitar que as mulheres sejam as principais vítimas da crise; pelo contrário, “as medidas aprovadas no último período reduzem e flexibilizam direitos como seguro-desemprego, PIS, pensão por morte, auxílio-reclusão e aposentadoria e deixam as trabalhadoras ainda mais vulneráveis”, lamenta o jornal.

As trabalhadoras não podem pagar pela conta da crise! Por isso, nesse 8 de Março, que as mulheres saiam para as ruas a fim de lutar contra um governo que vem cada dia mais, sucateando a classe. È hora de lutar pelo fim do ajuste fiscal, pelas retiradas de direitos, pelo fim das demissões e, ainda, contra todo tipo de exploração, opressão e discriminação. Mais do que serem homenageadas, é hora de as mulheres fortalecerem o debate sobre as desigualdades e opressões enfrentadas no dia a dia.

Nesse sentido, o SITRAEMG convida todas as servidoras do Judiciário Federal em Minas para participarem da manifestação desse 8 de Março, em evento que acontecerá na Praça Sete em Belo Horizonte, a partir das 16h30. O ato está sob a coordenação do Movimento Mulheres em Luta – MML. Na luta contra o machismo e a situação de crise que ataca as mulheres.

Violência doméstica: vulnerabilidade feminina é ainda maior sobre as mulheres negras

O Jornal Opinião Socialista informa que, de acordo com o Mapa da Violência no Brasil, 60% de todas as mulheres agredidas por pessoas conhecidas no país são negras. A taxa de feminicídio (assassinato de mulheres pelo fato de serem mulheres) entre as negras é mais que o dobro entre as brancas. Entre 2003 e 2013, o assassinato de mulheres brancas caiu 9,8%, enquanto de mulheres negras subiu 54%.

Violência machista contra as mulheres no Brasil

– A cada 10 segundos uma mulher é agredida: isso significa 8.640 agressões por dia;

– A cada 12 minutos uma mulher é estuprada: isso significa 120 estupros por dia;

– A cada uma hora e meia uma mulher é assassinada devido á violência doméstica: isso significa 16 assassinatos por dia.

Lei Maria da Penha

De acordo com pesquisas, as taxas de violência doméstica voltaram ao mesmo patamar de antes da Lei, que, em 2016, completa 10 anos. Após esta década, muitas mulheres ainda estão sendo mortas e pelo “descaso das autoridades e pela falta de verbas”, aponta o MML – Movimento Mulheres em Luta, lembrando que faltam delegacias especializadas e, quando existem, não funcionam 24 horas por dia. A falta de varas especializadas e abrigos como instrumentos de assistência às vítimas também são fatores que contribuem para o aumento dessa violência. O feminicídio no Brasil é algo inaceitável, e no mundo todo, o país é o 7º que mais mata mulheres.

O SITRAEMG parabeniza todas as mulheres guerreiras do Judiciário Federal pela força, sabedoria e determinação. E que mesmo diante dos mais variados obstáculos, que tenham forças para seguir em frente, buscando, cada vez mais, o reconhecimento que lhes são devidos. Parabéns!

Movimento de Mulheres Olga Benário

8 de março

Com informações do Jornal “Opinião Socialista e Mapa da Violência no Brasil

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