O resultado das Eleições da Fenajufe para o biênio 2025/2028, ocorridas na noite desta quarta-feira, 30 de abril, apontou a Chapa Democracia e Luta (CUT) na frente, com 226 votos, elegendo 10 coordenadores titulares e 4 suplentes. Na sequência, ficaram a Chapa Luta Fenajufe, com 69 votos, 3 titulares e 1 suplente; a Chapa Frente Ampla pela Base, 53 votos, 2 titulares e 1 suplente; Chapa Unidos por Justiça, 30 votos, 1 titular e 1 suplente; e Chapa Analistas por Voz, 1 titular. Também foi eleito o filiado Domingos Sávio Barbosa Dias, para a suplência do Conselho Fiscal.

Para o coordenador-geral do Sitraemg Alexandre Magnus, um dos eleitos, pela chapa pela Frente Ampla pela Base, o grupo cutista Democracia e Luta, hegemônico na direção da Federação há mais de 20 anos, foi o principal derrotado no pleito. “O resultado da chapa da CUT é fruto da inércia do maior grupo da Federação. De quebra, ainda constrange o STF e o governo, com os quais é conivente”, avalia.
Por outro lado, Magnus comemorou o expressivo desempenho dos representantes de Minas Gerais em relação ao pleito anterior, quando foram eleitos dois titulares e dois suplentes. “Desta vez, saímos vitoriosos com quatro diretores titulares (Alexandre Magnus, Eliana Leocádia, Fernando Guetti e Juliana Santana Rick) e três suplentes (David Landau, Nélia Vânia de Matos e Paula Drumond Meniconi)”, destacou, acrescentando que, “agora, é trabalhar pela unificação e organização da luta pelo PCCS”.
Ao final dos trabalhos dessa quarta-feira, foi aprovada a proposta do Sitraemg para que a próxima plenária nacional da Fenajufe seja realizada em Belo Horizonte.
Confira aqui os eleitos
Indicativo de greve para junho/julho
A categoria também aprovou, por unanimidade, um calendário de lutas que prevê indicativo de greve inicial de cinco dias, de 30 de junho a 4 de julho, pelo Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), visando à inclusão dos recursos necessários à sua implementação no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026.
O calendário inclui, ainda, o Dia Nacional de Paralisação Mobilização nos estados, para 28 de maio, e rodadas de assembleias nas bases no período de 9 a 13 de junho.
“A greve de 30 de junho a 4 de julho será só o início de uma grande greve”, avisou o coordenador-geral do Sitraemg Alexandre Magnus.
Confira o calendário aprovado
- 7 de maio – Mobilização Nacional em Defesa da Competência da Justiça do Trabalho;
- 26 de maio – Pressão no Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) contra diferenciação no custeio da saúde entre magistratura e servidores (as);
- 7 de junho – Reunião do CDE para avaliação da mobilização;
- 9 a 13 de junho – Rodada nacional de assembleias;
- 30 de junho a 4 de julho – Indicativo de greve nacional Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS), visando a inclusão dos recursos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026.
Depois da tentativa de golpe, grupo majoritário cutista busca “engessar” luta pelo PCCS
Graças à pressão das forças de oposição, os integrantes e simpatizantes da força hegemônica da direção da Fenajufe há mais de 20 anos, Democracia e Luta (DL), ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), teve que retirar, na última hora, uma proposta de alteração estatutária que suprimia artigo do estatuto da entidade nacional que permitia uma única reeleição seguida para seus dirigentes.
Na votação do calendário de lutas, a oposição não teve o mesmo êxito. Defendeu a exclusão no texto do item do calendário que indica uma reunião do Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) da Federação para o dia 9 de junho, para avaliação da mobilização, por entender que a atividade servirá mais para “esfriar” o movimento. A grupo cutista, em maioria, bateu o pé e conseguiu manter a redação original.
Os integrantes do DL já haviam sido recebidos com uma sonora vaia em sua entrada ao local do evento para as atividades do dia. “Golpista, golpista, golpista”, gritaram os críticos à postura governista do grupo.
Outras propostas aprovadas
Além do calendário de lutas, foram votadas nesta quarta-feira, 30 de abril, outras propostas do próprio Plano de Lutas e, ainda, de conjuntura nacional e internacional, da pauta de reivindicações e de opressões. As propostas aprovadas serão posteriormente divulgadas pela Federação. As que não foram rejeitadas serão encaminhadas para discussão em outras instâncias da categoria.
Homenagem líderes históricos de luta
Durante a votação do Plano de Lutas foi dada uma breve parada para fazer um registro histórico da presença de quatro personagens da categoria que estiveram ativamente presentes na luta que culminou na conquista do primeiro Plano de Cargos e Salários (PCS), que entrou em vigor em 1996: Ana Luíza Figueiredo, Neemias Ramos Freire, Nildão Freire e Maria Madalena Nunes.
Eles se lembraram que também foi realizada a primeira greve nacional unificada dos servidores do PJU, em 1995.
Saudações da deputada Érika Kokay
Durante as atividade de hoje também foi exibido um vídeo com mensagem da deputada Érika Kokay (PT/DF). A parlamentar saudou a Fenajufe e os participantes do evento e reafirmou seu total apoio às lutas da categoria.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg