Nessa terça-feira, 9, os coordenadores do SITRAEMG Alan da Costa Macedo e Henrique Olegário, acompanhados do assessor parlamentar do Sindicato, José Candido Ventura de Oliveira, estiveram no Senado em trabalho de corpo a corpo com alguns senadores, obtendo apoio ao PLC 28/15.
Os senadores de Minas Gerais, Aécio Neves, Antônio Anastasia e Zezé Perrella, apertaram as mãos em sinal de compromisso com o PL 28/15. Além dos representantes de Minas no Senado, os coordenadores Alan e Henrique conseguiram também apoio dos senadores Wellington Fagundes e José Medeiros, ambos do Mato Grosso.
Apesar de todo o esforço para obter apoio dos senadores e, com isso, conquistar a votação favorável ao PLC 28/15 no dia seguinte, os coordenadores ficaram apreensivos com um fato. Já no gabinete do senador Perrella, obtiveram a informação, a partir de um assessor do parlamentar, de que o governo estava articulando a retirada do PLC 28/15 da pauta, adiando a discussão do reajuste que já se arrasta por longos anos.
Para buscar confirmação da péssima notícia, nos corredores do Senado, os coordenadores do SITRAEMG abordaram o líder do governo no Senado, senador Delcídio Amaral (PT/MS). Na ocasião, tentando sair pela tangente, o senador disse que, no fim da tarde, se reuniria com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, para buscar um acordo a ser levado para o plenário no dia 10 de junho. Disse, ainda, que se conseguisse o acordo, informaria a categoria provavelmente no dia seguinte, antes da votação.
Ocorre que, logo a seguir, Alan abordou o senador Humberto Costa, também líder do governo no Senado, e perguntou-lhe sobre a votação do dia 10/06. Indagou se o governo iria usar alguma artimanha para retirar a votação de pauta. O senador, “irritado”, disse: “Vocês de novo; eu não aguento mais explicar que o governo quer adiar, sim, a votação em plenário, já que a intenção é saber o impacto para um reajuste igualitário para os três poderes”.
O que ficou claro, segundo Alan, é que o governo se mantém irredutível e com o mesmo discurso de sempre: “se dermos aumento para o Judiciário nesses percentuais, todos os demais servidores vão querer aumentos nesses mesmos patamares”.
Enfim, o governo continua articulando para não aprovação do PLC 28/15 e usa de todas as suas influências para travar potenciais negociações. A única arma que o servidor tem, nessa situação, é a greve forte e com muita adesão, avaliam os coordenadores Alan e Henrique.
Alan acrescenta que, infelizmente, o governo deixou o servidor tão à mingua, que muitos não aderem à greve com medo de perder suas funções de confiança que, hoje, representam parcela essencial para a manutenção de um mínimo de dignidade para quem tanto se esforçou pelo serviço público. Alguns colegas, segundo o coordenador, só conseguem manter seus filhos em boa escola por causa da função que recebem. Alguns dizem: “Se eu aderir à greve e o juiz retirar a minha função,vou ter que tirar meu filho da escola, ou vou ter que sair do plano de saúde”.
No entanto, o coordenador Henrique acredita que, nesse momento, a única arma capaz de derrubar a astúcia do governo é realmente a greve. Chamar a atenção da população para o sucateamento do Poder Judiciário; unir forças e partir para a luta contra esse governo que nos engana há muito tempo com o seu discurso de “crise financeira”. “Nove anos sem reajuste é demais. Não podemos aguentar isso calados”, concluiu o coordenador geral Alan da Costa Macedo.
Os coordenadores do Sindicato no Senado
